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domingo, 20 de maio de 2012

Desencontros


- Oi, você por aqui?
- Pois é... Quanto tempo, não?
- Sim, muito tempo... E aí, o que tem feito?
- Muita coisa...
- Ah, é? Fala mais sobre isso!
Assim começou a conversa de um encontro inesperado...
Não se viam há tempos. Muita coisa tinha acontecido para ambos. Já não eram mais as mesmas pessoas quando da época em que se conheceram. Cresceram. Amadureceram...
No passado, eram super ligados, estavam sempre juntos. E por mais que tivessem uma grande amizade, agora pareciam estranhos um ao outro.
A vida é mesmo engraçada, não?
No mesmo instante em que se convive com as pessoas, basta algum tempo distante para que se perca um pouco o laço que as unia, seja de amizade ou algo mais.
Certa vez alguém me disse: “mas se o sentimento for verdadeiro, pode passar anos que tudo vai permanecer igual.”. Será mesmo? Eu tenho as minhas dúvidas.
A vida é feita de momentos, sejam eles quais forem. E é preciso aproveitar cada momento. Ok, isso é uma constatação. Mas acho incrível que, no que diz respeito ao convívio diário com as pessoas, tudo muda a partir do momento em que já não se convive diariamente com estas pessoas... Tudo muda.
Tentaram estabelecer uma conversa, relembrando os bons tempos, as coisas que fizeram juntos, as situações pela qual cada um passou, etc.. E um filme passava na cabeça de ambos...
Mas ao mesmo tempo em que estavam ali, frente a frente depois de anos, era como tivessem se conhecido naquele momento, pareciam dois estranhos, dá pra entender?
Coisa mais estranha.
A conversa seguia um rumo meio saudosista, ainda que de uma maneira “forçada”, porque se conheciam e muito no passado, mas agora tudo era diferente, ninguém sabia da vida de ninguém, e ambos deixavam o silêncio “falar” mais alto na maioria das vezes.
Porque isso? Oras, não eram amigos de adolescência? Não sabiam suficientemente da vida de cada um? Porque o tempo que os afastou também afastou os sentimentos e a amizade que os uniam? Difícil entender. Mas é como os colegas do tempo de colégio, faculdade, enfim. Cria-se um laço que, a primeira vista parece ser eterno, mas depois do ato de formatura, cada um segue sua vida e o que resta é só lembrança. É como estar naquele emprego há anos e quando se vai embora, fica somente a lembrança, porque no outro dia alguém já está ocupando seu lugar. E aí muita gente diz: “mas é assim mesmo”. É assim mesmo? Somos substituíveis ao ponto de virarmos apenas lembrança? Terrível ter que pensar assim... Mas devo concordar que é mesmo, ainda que não aceite o fato...
A conversa não durou muito tempo, no máximo 1h, terminaram a cerveja, se despediram e cada um foi para um lado, como se nada tivesse acontecido, como se não tivessem se conhecido...
A neblina já pairava no ar, levando consigo a imagem deste encontro: um vazio gelado em uma madrugada extremamente fria...

Luciano Pavarotti/U2 - Miss Sarajevo

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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Reflexões sobre as reflexões...


Refletindo... Pensando... Analisando a vida e sobre os acontecimentos que dela fazem parte...
A semana que passou me proporcionou momentos pra lá de interessantes. Engraçado que não aconteceu, assim, nada de tão especial...
A rotina casa-trabalho-aula-casa foi e tem sido a minha grande companheira, sem falar no meu grande amigo TCC... Mas, sei lá, eu estava diferente nesta semana.
Algumas pessoas me disseram que eu estava mais radiante, mais feliz, com certo brilho nos olhos, enfim... Sinceramente, não sei dizer o que aconteceu...
Só sei que eu ando muito pensativo mesmo. Na vida, na minha família, nos meus amigos, no meu trabalho...
Acho que tudo estava em perfeita sintonia nesta semana, o que pode enfim explicar o porquê desta minha felicidade “repentina”.
Na verdade, a cada dia eu lido com situações diferentes daquelas que estava acostumado a vivenciar.
Aprendo que posso tirar o melhor de cada momento, mesmo que este me seja desfavorável...
Percebo que o melhor da vida é saber enfrentar as dificuldades de cabeça erguida, sem medo, este sentimento que trava e desmotiva uma grande parcela da população...
Observo que muitas pessoas buscam encontrar o chamado “sentido da vida” sem ao menos dar sentido a ela...
Durante muito tempo, alguns questionamentos sobre a vida me pareciam sem resposta alguma... Hoje, acredito ter encontrado boa parte destas respostas, mesmo sabendo que ainda tenho muito que descobrir e muitas perguntas ainda por fazer...
A cada dia, vejo que já conquistei muitas coisas – não em termos materiais...
Encontrei pessoas pelo caminho que, de certa forma, me abriram os olhos diante das situações que a vida me impôs ...
O grande lance da vida é esse: ver as coisas com outros olhos, saber ler as “entrelinhas”...
Assim como a grande maioria das pessoas, não sei e não faço a menor idéia do que o futuro me reserva, aliás, não costumo viver em função de um futuro... Prefiro viver o presente, aproveitar cada minuto e fazer valer cada segundo, pois o ontem é passado, o hoje já acabou e amanhã é uma incógnita, então, porque perder tempo???
Se as pessoas pensassem um pouco desta maneira, acredito que a vida seria um pouco melhor, em todos os sentidos...

Bom, uma nova semana começando...
... Igual ou melhor do que esta!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Sou brasileiro e não desisto nunca!

Bom, eu iria postar algo sobre minha viagem á BH, aliás, quanta coisa ainda tenho que escrever desta que foi uma viagem inesquecível... Mas, diante de algumas coisas que vi e ouvi hoje, vou me abster da viagem e abrir um parêntese para escrever sobre o sentimento guerreiro que o brasileiro tem como ninguém...
Digo isso porque hoje assisti uma das diversas entrevistas concedidas pelo personagem da semana: Ronaldo Fenômeno.
É inegável o que Ronaldo fez pelo futebol brasileiro. Não é a toa que foi eleito três vezes o melhor jogador do mundo, é considerado um dos cinco melhores jogadores da história do futebol brasileiro, enfim, nesta semana em ele se despediu dos gramados, muita coisa se falou, se mostrou sobre este verdadeiro vencedor. Até aqueles que o criticaram se renderam às lagrimas, vendo não mais aquele garoto que saiu de Bento Ribeiro para ganhar os gramados do mundo. Mas hoje vi outro lado do Ronaldo até então desconhecido: o lado pai, o lado “humano” deste fenômeno... E entendi o porquê dele ser tão adorado e querido por onde quer que passe: Ronaldo veio de uma família humilde, passou trabalho – e muito trabalho – chegou aonde chegou porque tinha um sonho, talvez não o de ser rico, de viver o glamour dos grandes astros, enfim, acima de qualquer coisa que o dinheiro hoje lhe proporciona, ele queria jogar futebol, não lhe interessava outra coisa a não ser o prazer de estar nos gramados, de fazer gols e de criar lances mágicos como ele criou – e como criou.
De fato, eu me peguei diante da tevê assistindo não ao grande jogador, mas ao homem em que se transformou o tal Ronaldinho. Que se danem as criticas quanto ao seu comportamento fora dos gramados, Ronaldo mostrou que também erra, que também é feito de carne e osso, que tem defeitos, mas que tem qualidades, dentro e fora dos gramados. E aqui não quero falar sobre as polêmicas que o envolveram durante sua carreira, não, quero registrar sua força de vontade e determinação, pois foi isso que o tornou o que ele é hoje, o que representa para o futebol do Brasil e do mundo, porque não?
Sem duvida, uma historia de vida, uma lição que fica para quem só reclama da vida, de que as coisas não acontecem, etc... DETERMINAÇÃO.
E outro fenômeno me fez parar para pensar sobre determinação, força de vontade, luta, reconhecimento e sucesso: Ivete Sangalo. Sim, o furacão baiano que, bom, não preciso escrever muito sobre Ivete, não é mesmo? E não tem nada a ver com o fato de ser fã ou não, o fato é que assistindo ao dvd que ela gravou no Madison Square Garden, sem brincadeira, em alguns momentos cheguei a me emocionar (e não tenho vergonha de dizer isso). Ivete, além de dar um banho de alto astral – sempre – botou no palco grandes nomes da música, como Nelly Furtado, Juanes e Diego Torres.
Mas não foi isso que me motivou a escrever este post. Assim como Ronaldo, Ivete também veio de uma família humilde, talvez não tanto como a de Ronaldo, mas ela insistiu, focou tanto na sua carreira e no seu prazer de cantar que não tem como se emocionar...
Mas, porque se emocionar com estas histórias?
Porque são histórias de SUCESSO, DETERMINAÇÃO e foi essa lição que tive hoje: quando se quer alguma coisa, não tem outro jeito, é preciso correr atrás, é preciso ter foco naquilo que se quer, mas acima de tudo, é preciso gostar daquilo que se faz.
Sim, só assim se consegue o PRESTÍGIO, o SUCESSO e, acima de tudo, a SATISFAÇÃO PESSOAL. DINHEIRO e RECONHECIMENTO passam a ser consequências de um trabalho bem feito, um trabalho feito com AMOR e total DEDICAÇÃO.
E quantos Ronaldos, Ivetes, Herbert’s Viannas e tantos outros existem por ai?
Eu sou um deles, você que está lendo também pode ser...
O grande lance é não ficar parado, esperando que as coisas aconteçam ou caiam do céu, até porque, a única coisa que cai do céu é chuva!
E se a vida oferece obstáculos, o negócio é enfrenta-los de cabeça erguida, é ser ousado, é não se preocupar com comentários, é ter foco no que se quer e trabalhar, trabalhar muito para se conseguir o que se quer, sem se esquecer de onde vem, das suas origens, de seu caráter, etc...
Nesta minha profissão, tenho a satisfação de fazer aquilo que amo, acredito que tenho me dedicado no que faço (embora saiba que ainda tenho muito o que fazer e aprender).
Tenho recebido convites de falar um pouco sobre a minha trajetória (um ex-metalúrgico que largou uma “carreira” estável por, na época, uma incerteza) e por onde tenho passado, sempre faço questão de dizer que, se você não acreditar em você mesmo, ninguém mais vai acreditar e acho que isso é o que me dá motivação para fazer mais e melhor, sempre.
Não tenho o status de um Ronaldinho ou de uma Ivete, mas, assim como eles, faço o meu trabalho com total amor e dedicação e graças á Deus, tenho recebido carinho e reconhecimento por isso... Consequentemente, me sinto totalmente satisfeito e realizado...

Força, Sempre!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Histórias da Vida Real - Capítulo 2

Pois é, passei alguns dias aí envolvido em vários trabalhos...Trabalhos que, de certa forma, me tiraram o sono e o tempo para postar alguma coisa, ahahahahah.
Acho que é por causa das férias que estão chegando e também por conta das festas de final de ano, sei lá...
O fato é que estou aqui e deixo mais um capítulo desta "História da Vida Real"...

Entendendo as pessoas...

Vânia, como dissera no capítulo anterior, era uma menina mimada por demais. Cresceu numa família que sempre batalhou para dar do bom e do melhor para seus filhos. E que filhos... Cada um tinha uma personalidade bem diferente e Vânia não poderia fugir a regra.
Uma garota decidida, de personalidade forte, mas que tinha um pequeno defeito: achava que o mundo girava em torno do seu umbigo e achava que, por ter uma condição de vida um pouco melhor que as demais garotas, tinha o direito de se achar superior. Tinha um certo ar de arrogância sim, mas, era linda e a sua beleza ofuscava qualquer defeito que ela tinha, pelo menos era assim que os guris a enxergavam...
Um dia eu me interessei pela Vânia.
Não a conhecia direito, ela era de uma outra paróquia, embora pertencesse ao mesmo movimento, o CLJ. Mas, num dos encontros promovidos por este movimento, tive o “prazer” de conhecê-la e de me encantar com tamanha beleza. Ela era diferente de todas as garotas que já tinha visto e acho que o que mais me chamou a atenção foi o seu lado exterior e não o seu interior, se é que me entendem.
Cheguei ao ponto de desejá-la, mas, tinha plena consciência de que nossos mundos eram bem diferentes e que um possível relacionamento não teria futuro algum, pois, ao contrário de Vânia, eu vinha de uma família simples e esse choque “cultural”, pra não dizer financeiro, fazia diferença pra ela. Coisas do tipo: “minha família não iria aceitar que eu namorasse uma pessoa que não pertencesse ao mesmo círculo de amizades, ou que não tivesse o carro do ano, etc...” e isso pra mim nunca teve a mínima importância. Bens materiais...Nunca namorei uma guria por causa do que ela tinha ou o que tinha a sua família, mas sim pelo que ela era, pelo seu caráter... Isso me fez enxergar que não teria como dar certo entre eu e a Vânia. Mas, um dia eu a desejei... E o desejo foi tanto, tamanha era minha obsessão para “ficar” com a Vânia, que um dia nós “ficamos” mesmo, e , cá entre nós, foi muito bom...Bom para eu entender de vez que ela não era pra mim e vice-versa...
Deixando a história da Vânia de lado...
João, pelo pouco tempo de convivência que tivemos e pelas poucas oportunidades que tivemos para conversar, certa vez me contou um pouco da sua vida. Lembro-me como se fosse hoje: era uma tarde nublada, eu estava muito envolvido com as questões do clj, mas, naquele dia ele me ligou, disse que estava no seminário e que precisava muito falar comigo. Fui até o seminário e quando lá cheguei, encontrei um João bem diferente daquele que estava acostumado a ver nos finais de semana na paróquia.
Ele estava sentado na cama de seu pequeno quarto, rodeado de livros, na sua grande maioria, Bíblias e documentos ligados á Igreja Católica.
Ele era um estudioso das leis da igreja...
João me convidou a entrar e entre uma rodada e outra de chimarrão, ele disse que queria desabafar um pouco. Fiquei surpreso, pois até então, não tínhamos nenhuma intimidade, ao ponto de ele se dispor a conversar sobre sua vida, enfim...
Ele abriu seu coração e quem estava diante de mim era um João arredio, um cara “desarmado”, sensível e com muitas histórias na bagagem, apesar de seus 19 anos...
João veio de uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, filho único de uma família de agricultores. Desde que nasceu, sua mãe, uma devota ardente de Nossa Senhora de Fátima, tivera prometido á santa que seu filho seria entregue nas mãos de Deus, literalmente...Sempre estudou em colégios de padre. Teve uma educação muito rígida, baseada em leis morais, o certo e o errado, o céu e o inferno.
Nunca saía de casa, nunca tinha ido á uma festa, nunca teve namorada, não sabia que gosto tinha o beijo... Resumindo, ele era o retrato fiel, a personificação de uma pessoa extremamente pura, inocente.
Cresceu assim...E por crescer assim, neste ambiente de muita disciplina e abnegações, é que, em um certo dia, resolveu se colocar á prova, pra entender se esta era mesmo a sua missão ou se este era o sonho de seus pais.
Por certo, era sim o sonho de seus pais: ver o filho se tornar um sacerdote!
Durante muito tempo, este era também o sonho de João...
Neste dia, percebi que tinha algo diferente no ar. Ele me pareceu muito, muito confuso, agitado e distante em alguns momentos.
João se apaixonou. Uma única vez na vida tinha sentido algo diferente no seu peito, e não era o amor que ele devotava á Jesus. Era o amor por outra pessoa - que ele não quis me dizer quem era.
Na verdade, ele não sabia se era paixão ou que, por isso tinha me chamado pra conversar para tentar ajudá-lo a entender o que estava acontecendo com ele. Logo eu, um cara extremamente confuso no que diz respeito á sentimentos...
Tentei deixá-lo á vontade. Pedi que ele se acalmasse e disse-lhe que estava ali, pronto para ajudar-lhe no que fosse necessário.
João havia se apaixonado por uma mulher casada, vejam bem...
O fato tinha acontecido há alguns anos, na cidade onde ele morava... Era inevitável perceber, por detrás das lentes dos imensos óculos de João, toda sua emoção em falar deste assunto. Mas não era um choro de emoção, soava mais como um choro de culpa, como se ele tivesse cometido um imenso pecado e não fosse absolvido no dia do “juízo final”.
Á certa altura da nossa conversa, confesso que já não estava entendendo muito bem o que ele tentava me dizer. Era uma situação um tanto quanto atípica, uma vez que ele tinha um monte de gente em que pudesse confiar tal assunto e eu não entendia o porque de ele ter me escolhido como seu confessor.
Aqui abro um parênteses: nos tempos em que pertencí ao clj, talvez por ser o mais velho da turma, sempre fui considerado o irmão mais velho, o “psicólogo” da galera, aquele que sempre recebia em casa os amigos querendo conversar, desabafar e amigos pedindo conselho para enfrentar determinada situação. Engraçado isso, não? Nunca tive esta pretensão, mas, durante um bom tempo, pensei em fazer psicologia para justamente tentar entender melhor o que se passa na cabeça e no coração do ser humano...

Continua...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Histórias da Vida Real - Capítulo 1

Um despertar de intensas paixões...

Há quase dez anos, estreava uma das melhores minisséries brasileiras: Hilda Furacão, protagonizada pela então estreante Ana Paula Arósio.
Mas a trajetória de Hilda começou em 1991, no romance do grande escritor mineiro Roberto Drummond, que uniu numa narrativa cativante fatos e pessoas reais aliados a uma fértil imaginação. Rapidamente o livro estourou no mercado editorial. Em 1998, foi a vez da escritora Glória Perez adaptá-lo para o formato de minissérie. O resultado não poderia ser diferente: uma grande produção com gravações na cidade histórica de Tiradentes, transformada na fictícia Santana dos Ferros, e em Belo Horizonte, que assiste ao domínio de Hilda ao mesmo tempo em que a revolução de 64 está sendo preparada. O grande questionamento da minissérie girava em torno do que poderia ter levado uma garota de família tradicional a abandonar tudo e instalar-se no centro da zona boêmia de uma cidade, despertando paixões até mesmo num homem considerado santo: Frei Malthus, interpretado por Rodrigo Santoro.
Hilda Furacão deixou rastros... E sua história parece ter saído das telas e invadido a vida real...
Há muito tempo atrás, um grande amigo meu passou por uma situação muito, mas muito parecida com a de frei Malthus. Ele também se apaixonou por uma Hilda Furacão!
João era um cara tranqüilo, na dele, sempre preocupado em estudar, muito ligado á família, aos livros, enfim. Vivia na igreja, estava sempre rodeando o padre Werner, um “pequeno grande padre” da paróquia que fica perto da minha casa. Não tínhamos muito contato, mas sempre que o via tentava conversar com ele, afinal, eu era o coordenador de um movimento juvenil que estava se instalando na paróquia e achava importante trazê-lo para perto do grupo.
Na verdade, o João era mais que um mero ajudante do padre, ele estava se preparando para entrar no seminário. Tornar-se padre era seu sonho! Tal qual o frei Malthus da minissérie em questão, com a única diferença de que ele não queria ser santo, pois, segundo o próprio, já tinha cometido pecados demais pra isso...
Bom, do outro lado da cidade, cercada por um mundo bem diferente do de João, a bela Vânia: uma das garotas mais lindas que já passou pelo movimento (pelo menos desde a época em que eu participei).
Vânia era simplesmente demais, vinha de uma grande família. Seus pais não eram ricos, mas tinham condições de dar-lhe tudo o que queria. Talvez por isso a Vânia se sentisse “superior” ás outras garotas, apesar de querer parecer ao contrário, sempre tentando ser humilde, mas esta palavra não combinava com seu jeito de ser e ver as coisas...
Vânia era muito pretensiosa, orgulhosa, enfim, mas era linda, muito linda. A bem da verdade, era o tipo da garota que todos os adolescentes da época gostariam de namorar.
Enquanto João seguia firme seus propósitos, Vânia tinha uma vida social muito agitada, sempre freqüentando os melhores lugares, as melhores festas, sempre rodeada de muita gente bonita, enfim, eram mundos diferentes, com toda certeza...
A vida seguia tranqüila até que o destino resolveu colocar cara-a-cara duas pessoas tão diferentes...
Numa das muitas festas realizada no salão paroquial da igreja, João, que naquele dia não fora para a casa dos pais e tinha resolvido ficar na igreja para ajudar na decoração do salão e no que mais precisasse, também resolveu participar da festa, o que não era muito de seu feitio. Como disse, ele era muito reservado.
Lá pelas tantas, eis que surge na festa, acompanhada de várias amigas e familiares, a Vânia. Linda, simplesmente linda. Lembro de estar acompanhado e de ter levado uma cotovelada no estômago por ter ficado pasmo diante da entrada triunfal da Vânia. Eu e todo o salão, diga-se de passagem...
O mais engraçado era ver a gurizada se empurrando e cochichando pra ver quem teria a coragem de chegar perto da Vânia e tira-la pra dançar.
Um destes meus amigos, Pedro, era conhecido entre a turma como o “pegador”. Está certo, ele levava uns "fora" de vez em quando, mas na grande maioria das vezes, o Pedro se dava muito bem e sempre ficava com as garotas mais lindas da festa. Nesta festa não iria ser diferente...

Continua...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Histórias da Vida Real - O início

Nunca tive a pretensão de me tornar um escritor, embora sempre fora fascinado pela literatura. O gosto pelos livros vem de longe: desde meus 15 anos, acredito.
Nesta fase, minha leitura já ia longe das revistas em quadrinhos, mas, nem por isso deixei de lê-las.
Histórias da Vida Real reúne um apanhado de histórias, fatos, cenas vividas por mim e por pessoas com as quais convivi e ainda convivo. São histórias de amor, de ódio, raiva, desejos, brigas familiares, a alegria do nascimento de um filho, a perda de um ente querido, as crises de ciúmes, uma conversa no bar, na roda de chimarrão, uma noite bem curtida, amigos sem fazer nada...
Enfim, são histórias da vida real, como o próprio nome sugere: as mais diversas histórias pelas quais todo mundo já passou ou ainda vai passar...
Quando tive a idéia de escrever um livro com este título (sim, um dia pensei em escrever um livro!), o objetivo central era mostrar que, por mais difícil, engraçada, sofrida e trágica que seja uma determinada situação, sempre tiramos lições que nos mostram um caminho para não se repetir os mesmos erros...
Longe de ser um “guia prático de como resolver problemas”, eu queria fazer com que as pessoas que lessem estas histórias, em algum momento se identificasse e refletisse sobre a vida que vem levando. Era uma maneira de chamar a atenção das pessoas á prestarem atenção justamente nas pessoas, se é que me entendem.
Não sei o que o futuro me reserva...não sei se de fato vou escrever um livro algum dia...Mas, a era digital tem me fascinado, e daí pensei: “ao invés de escrever um livro, porque não criar um blog e, dentre outras coisas, “publicar” estas histórias que estão guardadas, meio que empoeiradas, dentro de várias e várias caixas?”
Pois é, então não se surpreendam - ou se surpreendam - com algumas histórias que por ventura aparecerem por aqui...Ah, e aqueles que se identificarem com algumas delas, por favor, fiquem á vontade para deixar algum comentário...
Ah, preciso dizer que as histórias que serão apresentadas aqui não seguem á nenhuma ordem cronológica e alguns personagens terão seus nomes trocados, para evitar todo e qualquer desconforto e superexposição, hehehehehe!


Pare e Pense:
Tenha tempo para tudo
Reserve tempo para trabalhar - este é o preço do êxito.
Reserve tempo para pensar - esta é a fonte do poder.
Reserve tempo para divertir-se - este é o tempo da juventude.
Reserve tempo para ler - esta é a base da sabedoria.
Reserve tempo para ser amigo - este é o caminho da felicidade.
Reserve tempo para exercitar-se - este valoriza a nossa vida!