quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A Geografia Poética de uma Pós-Bienal

Quando resolvi fazer o curso de mediadores para trabalhar na 8ª Bienal do Mercosul, eu não fazia idéia do que ou quem eu iria encontrar pela frente...
Foram três meses de curso, com aulas nas terças e quintas e um mergulho em um universo até então longínquo para mim: as artes.
Na minha graduação em História, as artes não foram o foco central e isso me incomodava... Tive um primeiro contato com a História da Arte no meu curso de Guia de Turismo e fiquei fascinado, tentado a desvendar este universo...
Claro que o curso de mediadores não iria me dar toda a formação em História da Arte, porém, era uma maneira concreta de estar mais próximo deste meio, além de conhecer pessoas envolvidas direta e indiretamente com a arte, artistas que estariam expondo suas obras e, claro, me preparar para trabalhar como mediador em uma Bienal do Mercosul, desejo este que eu perseguia desde a 4ª edição.
A experiência foi incrível. Muita teoria, aulas práticas, dinâmicas de grupo, enfim, a vontade de estar mais próximo das artes só aumentava...
O curso seguiu seu rumo até o dia em que fomos apresentados oficialmente ao espaço onde iríamos exercer aquilo que aprendemos: o Cais do Porto, que por si só já é um lugar incrível, histórico e futuramente turístico (não vou entrar no mérito da revitalização do Cais, isso é assunto para outro post).
Alí, fomos apresentados aos Supervisores, as pessoas responsáveis pelas equipes em seus três turnos de trabalho.
O trabalho enfim iria começar...
E à medida que chegava o dia da abertura da Bienal, um misto de alegria, euforia e ansiedade tomava conta de mim...
Já conhecia a equipe com a qual eu iria trabalhar, aliás, isso é engraçado: apesar de fazermos o curso juntos, raro foram os momentos em que conversei isoladamente com cada um dos meus colegas...
Quero de antemão agradecer pela oportunidade... Agradecer a cada uma das pessoas que conheci e que convivi direta e indiretamente... Agradecer pelas conversas nos intervalos entre uma mediação e outra, às confissões feitas durante todo este tempo, ao carinho recebido, ao sorriso tímido de alguns colegas, às brincadeiras feitas durante o trabalho e depois dele também, enfim, poderia listar uma série de coisas que aprendí durante o curso, no trabalho prático e fora dele também... Em especial, quero agradecer a toda equipe do A4, o “Geo4 até o chão”, como ficamos conhecidos. Todos os turnos. Desde o pessoal da montagem, limpeza, seguranças, enfim... Todos foram importantes para o trabalho como um todo, mas também porque aprendí muita coisa com cada um deles, sem exceção. E espero vê-los em breve!


Algumas palavras para a equipe Geo4 Até o Chão:


Não sei bem por onde começar... É estranho, há apenas 10 dias a 8ª Bienal acabou e junto com ela, um trabalho de toda uma equipe. Pessoas prá lá de especiais e que marcaram de vez a história da Bienal (pelo menos pra mim).
Foi a minha primeira experiência como mediador e se o ditado diz que “a primeira vez a gente nunca esquece”, tenham a certeza de que não esquecerei mesmo e que vocês hoje são tão importantes quanto os amigos que trago desde a adolescência... (e que não são muitos...).
O armazém A4 era como uma grande família: orientados por nossos “pais” e “mães”, vivíamos como irmãos... Mas no início era estranho... Normal, pessoas que mal se conheciam... Só que este estranhamento não durou muito e logo já era possível ver as duplas, trios, quartetos e até quintetos reunidos em algum ponto do espaço: ou trocando uma idéia sobre o trabalho ou jogando conversa fora mesmo, dando muita risada, enfim, era o momento de se conhecer, afinal, nem só de trabalho vive o homem, hehehehe!
Rafa “pastéis”, Val “palheiro”, Rafa “caramujo” e Juliana “papel” foram de extrema importância para que tudo – ou quase tudo – funcionasse. Nossa, quanta loucura e correria quando se aproximava um ônibus...
“É agendado?”
“Quantos vieram?”
“Cadê os professores?”
“Onde estão os mediadores?”
Era muito legal ver o envolvimento e o profissionalismo dos “Super’s” para que a logística do trabalho funcionasse perfeitamente. Ás vezes rolava um stress – também pudera né?- mas a intenção aqui não é apontar os problemas, e sim relatar e relembrar alguns dos bons momentos vividos durante esta experiência...


Logo de cara, uma pessoa chamou a atenção, aliás, ele já havia chamado a atenção de todos durante o curso, afinal, ele era praticamente o fundador da chamada “Nuvem” – a equipe de mediadores que realizaram o curso em Ead.
Jean Sartief  foi mais do que um mediador: foi um irmão, um amigo, um conselheiro e se mostrou um grande artista. Dono de uma incrível sensibilidade, vários foram os momentos que literalmente “babei” com as suas mediações e intervenções...
Várias foram as conversas que tivemos, sobre os mais variados assuntos... Jean é responsável por muita coisa ter mudado comigo no quesito Arte. Mais do que isso, Jean é responsável por me deixar mais seguro no meu maior momento de insegurança e dúvidas, né Jean? Não vou te esquecer nunca...
Difícil era encontrar alguém que não tenha se encantado com seu jeito de ser e de ver o mundo. Mestre! Esta é a palavra que o define hoje.
Mas o Jean não estava sozinho: junto com ele, muitos outros desceram da nuvem e pousaram no mundo real do Cais...
O que dizer, por exemplo, do Fernando Sala?
Confesso que no começo, tinha certo receio com ele... Sim, eu o achava meio folgado, enfim... O tal “pré-conceito” que fazemos com quem a gente não conhece né?
Com o passar do tempo, ele se mostrou um cara incrível, inteligente, esperto e muito, muito amigo... Lembro dos sanduíches, dos bombons, das nossas conversas, das várias idéias que trocávamos entre uma mediação e outra, das vezes que eu brincava com ele por causa das suas camisas decotadas que deixavam à mostra seu excesso de pelos no peito – Eca!- das cevas no Tutti – mas isso não foi mérito só dele: o Tutti foi o local oficial dos encontros da galera nas noites de terça-feira. Difícil é passar por lá agora e tentar encontrar as pessoas...
De todas as despedidas com o fim da Bienal, certamente a do Fernando foi a mais difícil... Ele sabe disso... Incrível como as pessoas entram do nada na nossa vida e depois sofremos um monte quando temos que nos separar, né? Mas sei que essa separação é temporária...
E a Tati Moreno? “Nossa meu, venta muito aqui!!!”
Tati é uma destas pessoas que a gente conhece e que não esquece jamais. Várias foram as risadas, as conversas sobre o turismo na cidade, etc... Adoro o sotaque desta paulista, guerreira, batalhadora e que vai chegar fácil onde quiser, porque garra e persistência ela tem de sobra...
Tayná Cardel, minha baixinha... A “mini-mediadora” é outra destas pessoas inesquecíveis... Nossa, curto demais esta menina-mulher: outra batalhadora, guerreira e que largou tudo para vir pra cá, adotando Porto Alegre como sua casa. Sempre preocupada com os amigos, lembro que em uma quarta pós Tutti, ela foi a primeira a me perguntar como eu estava e como tinha chegado em casa... (sem maiores detalhes do acontecido na terça-feira, hehehehe).
Maria Virgília – uma máquina de mediar!
Foi assim que ficou conhecida a Maria, que descobria mediandos aos 45min do segundo tempo... Maria é o sorriso em pessoa, sempre de bem com a vida, alto-astral, enfim. Aprendí muito com ela. Aprendí a sorrir mais para a vida, ainda que ela – a vida – não se mostre de uma maneira tão fácil... Seguirei à risca teus conselhos Maria, pode deixar!
Gabi Lima – falar da Gabi é fácil, afinal, somos colegas de trabalho há algum tempo... Mas durante a Bienal eu pude conhecer outro lado desta figura: um lado mais descontraído, mais tranquilo, mais “poético”... Saiba que tu me deste muitas respostas durante as nossas conversas enigmáticas, hahahaha! Te adoro de montão!
Vagner Rampinini, o formigo! (ou “Vagnete” para os íntimos, hahahaha!).
Assim como a Maria, o Vagner era só sorriso! Dono de um humor incrível, muitas foram as risadas proporcionadas por este cara. E muitas foram as conversas durante este tempo. E conversávamos sobre tudo: trabalho, vida pessoal, vida profissional, vida sexual (ops, isso não era para contar, hehehehe). O Vagner me ajudou muito também, talvez ele nem saiba, mas ele me ajudou a ver e entender algumas coisas sobre outro ponto de vista... Dúvidas, questionamentos, etc... Ele estava sempre alí, pronto para ajudar a quem precisasse... Até um talk show ele criou: “De frente com Ari”: sessões de entrevistas (nunca vistas ou reveladas, hahahaha) com a equipe e que tantos momentos divertidos proporcionou... Saudades...
Michel Flores um amigo/colega enigmático... Digo isso porque o Michel foi a pessoa mais centrada e politizada que conhecí durante este trabalho. Apesar de não termos conversado muito, ele se mostrou um cara especial: pelo seu modo de ser e de ver as coisas, pela sua visão e experiência de vida e pelo seu lado batalhador de ser. Queria ter tido mais tempo para conhecê-lo melhor, mas enfim, a Bienal foi o primeiro contato para que isso aconteça, assim espero...
Zíngaro Medeiros foi um dos caras com quem me identifiquei de cara, talvez pelo fato de ele também ser da história, hehehehe! TCHÊ! Este cara sabe muito e trocamos algumas idéias sobre a profissão de historiador, os desafios desta área, enfim... Ah, preciso mencionar que muitas foram as cevas e “cachaças” divididas lá no Tutti, né? Hehehehe!
Silvia Pont é uma fofa! Dona de um humor impressionante, ela é grande não só na altura, mas também na inteligência e no modo simples de ser, única, estilosa e muito, muito querida...
... Assim como a Cláudia “Moranguinho”, uma menina linda, inteligente, querida e que tem uma voz... Nossa, não sabia deste teu lado cantora! Investe que dá certo!!!
A Carolina Kazue também é uma querida... Também não tivemos muitas oportunidades de conversar – éramos de turnos diferentes – mas o pouco que conhecí dela, percebi o quanto ela é especial... Ela é do tipo de pessoa que poderíamos convidar para um chimas na redenção e conversar por horas, não? (espero que ela goste de chimarrão, hahahaha).
Não posso deixar de fora as Márcias: Márcia Nunes e Márcia de Lima
Uma, “concentrada” por sí só... A outra, divertida, engraçada e compenetrada.
Ainda tinha a Amanda Teixeira, que eu tinha certo “medo”, confesso. Mas depois que a conhecí melhor, ví que por trás daquilo que ela aparentava, tinha uma menina incrível, inteligente e muito sensível...
Falando em sensibilidade, como esquecer as gêmeas Lílian e Karen Reis?
Sim, elas são sensíveis e muito engraçadas... “Ah, tri!” era o que mais se ouvia das duas... Ah, eu paguei um micão quando troquei uma pela outra, hahahaha!
Preciso confessar que durante esta experiência eu fui vítima de bullying, né Heloísa Silva? Hahahahahaha! Dona de um abraço caloroso, Helô vivia me tentando... Brincadeiras a parte, a Helô é demais!!!
E como esquecer a Baronesa de Sealand?
Minha amizade com a Karin Sachs começou no curso de mediadores. Nos divertimos muito durante o curso, nos intervalos, entre um café e outro, enfim... Trocamos muitas idéias sobre tudo. Adoro demais a Karin e espero poder visitar mais vezes o seu “castelo”, palco do nosso amigo secreto e confraternização de encerramento.
Não quero ser injusto com ninguém, e peço desculpas pelos nomes não citados aqui. O que não significa, em hipótese alguma, o meu esquecimento ou a não importância na minha vida de mediador.
Foram tantas as pessoas e, como disse, algumas eu conhecí mais de perto, outras foram de passagem e que eu espero poder conhecer melhor em outra oportunidade... Não fiquem bravos!
Voltando aos Super’s:
Rafa “Caramujo”, um cara muito, muito tranquilo. Um irmãozão que pretendo levar para vida inteira. Centrado, profissional e muito inteligente. Pai de uma menina linda, que ainda bem que herdou a beleza da mãe, hehehehehe! Tô brincando!
Juliana “Papel”, foi um grande prazer te conhecer e ver que por trás daquele uniforme de supervisora se escondia uma menina simples, sonhadora, profissional e persistente.
Rafa “Pastéis”, o que mais ainda eu posso te dizer e que ainda não disse? Lembro a primeira vez que te ví no curso e pensei: “este é o metido a inteligente...”. Não estava totalmente errado, porém, de metido não tinha nada... Inteligente sim! Inteligente, profissional, centrado, autêntico e muito sincero.
Cara, muito, muito obrigado por tudo: pelas palavras de carinho, pela paciência com a minha tão tumultuada contratação, pelos dias em que precisei chegar mais tarde, compensar em outros dias, pelos puxões de orelha, pelas observações quanto ao meu trabalho, enfim. Tu sabes o quanto eu te admiro e o quanto foi importante uma de nossas últimas conversas... Aliás, foi por ela que muita coisa mudou, ainda que tenha sido aos 46min do segundo tempo, mas esta última conversa fez toda a diferença...
Val “Palheiro”, mãezona, irmã, conselheira, amiga... Faltam-me as palavras para tentar te definir. Assim como o Rafa, quando te conhecí eu pensei da mesma forma... E ainda bem que eu estava muito, muito enganado... Contigo eu aprendi muitas coisas também. Obrigado por cada conselho, pelo carinho, por diversas vezes ter segurado a barra junto comigo, por ter enxugado as minhas lágrimas quando elas rolaram, lembra? Nossa, foram tantos os momentos divertidos ao teu lado, os momentos sérios, enfim. Mais uma amiga que quero levar para todo o sempre. Ao teu lado eu me sinto mais leve, mais forte... Porque é assim que te vejo: leve e forte! Te adoro demais, mesmo!


E é isso. Ufa! Mais uma vez peço desculpas pelos nomes não citados aqui. De qualquer forma, levarei todos vocês comigo, na mente e no coração, assim como os outros colegas dos outros armazéns...
Mas é que igual ao Geo4 até o chão, nunca mais existirá outro!
Foi um prazer quase orgásmico fazer parte desta equipe.

Adoro todos vocês!!!

Com todo meu carinho,

Peterson Rangel
“Peter’s”

3 comentários:

Tayná Cardel disse...

Que lindo, que poético, que tudo!!! :) AMEI!!!!

rafa. disse...

Adorei Peter`s! Foi tudo muito lindo nesse período da Bienal, muito especial! Nossa equipe não poderia ser melhor, fechou todas! E muito bom te conhecer, também quero levar pra sempre essa amizade! seguimos no Tutti`s ?!?!!!! Abração!

Anônimo disse...

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