sábado, 4 de junho de 2011

Mexendo com os sentimentos...

“Seeing is like hunting and dreaming and even like falling in love. It’s entangled in the passions. Jealousy, violence, possessiveness and it is soaked in affect in pleasure and displeasure and in pain. Ultimately, seeing alters the thing that is seen and transforms the seer. “Seeing is metamorphosis, not mechanism”.


É com essa citação do crítico de arte, James Elkins, que começo a escrever – ou a descrever – todas as sensações, percepções e porque não, inquietações vivenciadas em apenas uma semana do curso de Mediadores da 8ª Bienal do Mercosul.
Impressionante o que já aprendi neste curso que promete muito, afinal, como disse, estamos só no começo desta que vai ser uma grande Bienal e que tem como tema “Ensaios de Geopoética”, tratando da territorialidade e sua redefinição crítica a partir de uma perspectiva artística.
A 8ª edição vai reunir cerca de 100 artistas de diversas nacionalidades que desenvolvem obras relevantes para discutir noções de país, nação, identidade, território, mapeamento e fronteira sob os aspectos geográficos, políticos e culturais.
Logo na primeira aula, conhecemos a Rika Burnham, educadora de museu associada ao Metropolitan Museum of Art, que nos deu uma lição sobre o “nobre” exercício de mediador.
Muito interessante também foi uma aula prática que tivemos no MARGS, um verdadeiro exercício em grupo, que serviu para nos conhecermos e para já entramos no clima, sentido desde agora o que vem por aí...
Na quinta (02/06) e na sexta (03/06), foi a vez do Guilherme Teixeira e do Eduardo Veras trocarem e proporem coisas novas sobre a Arte contemporânea. Textos e mais textos, debates e trabalhos em grupo complementaram estes dois dias de entendimento sobre a contemporaneidade e tudo o que ela envolve.
E ai, muitas questões vem à tona e é claro que não posso deixar de associar tudo o que foi aprendido até agora com o meu dia a dia.
Cheguei à conclusão de que o profissional Guia de Turismo também é, direta e indiretamente, um mediador. Sim, um mediador entre a “arte e a história” de um determinado local e o visitante deste mesmo local.
Curioso isso, não?
As pessoas que visitm a tua cidade e que contratam os teus serviços de guia esperam “conhecer” a cidade através dos teus conhecimentos, das tuas impressões, enfim, mas o lance também é – e a meu ver, de extrema importância – deixar com que estas pessoas tenham as suas experiências, percepções, enfim.
Acredito que o guia não pode querer falar tudo sobre a cidade, não pode querer mostrar todos os lugares, etc...o barato é deixar as pessoas descobrirem tudo isso também...Provocar nelas a vontade de conhecer a cidade nos mínimos detalhes também faz parte do trabalho de um guia.
Confesso que, como formando em História, sentia lá no fundo que faltava fazer um curso como este para abrir a minha mente para outras possibilidades, sejam elas quais forem.
Em vários momentos me coloquei no lugar do turista que chega na cidade e daquela pessoa que visita um museu pela primeira vez...
Enfim, muitas inquietações, pensamentos, sensações...
E é só o começo....
Abs.

Nenhum comentário: