segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Belo Horizonte - Aos 45 do segundo tempo...

Nosssss, como dizem os mineiros, nessa minha viagem á Minas Gerais, mais precisamente em Belo Horizonte, tive o prazer de conhecer muita coisa: cultura diferente, museus, centros culturais, praças, parques e gente, muita gente bacana...
No meu ultimo dia em BH, antes de partir para Ouro Preto, conheci dois mineiros pra lá de gente fina: Guilherme, da cidade de Andrelândia, e Pedro (também conhecido como Oldi), da cidade de Juíz de Fora. Já estava arrumando minha mala quando os dois entraram no quarto da pousada e puxaram papo. Iniciamos aquela conversa tradicional para quebrar o gelo e tal... E decidimos dar uma volta pela cidade.
Gui e Oldi estavam vindo do festival de cinema de Tiradentes, um festival que sempre acontece nesta época do ano e que já virou tradição na cidade por reunir gente de tudo quanto é canto do país.
Os dois aspirantes a jornalistas (que diga-se de passagem, escrevem muito bem) queriam conhecer um pouco da capital mineira, tipo noite, gastronomia, enfim, qualquer coisa que marcasse a vinda deles á BH. Não era noite ainda, do contrário, era de fim de tarde. Gui pegou um dos vinhos que tinha trazido da viagem e saímos pela cidade, cada um com seu copo, como se nos conhecêssemos há muito tempo.
E esse era o clima... Três novos amigos, histórias muito parecidas, desejos, sonhos... Estranho isso, né? Já disse isso algumas vezes, mas não me canso: saímos de uma cidade sem saber o que e quem vamos encontrar pelo caminho...
Gui e Oldi me surpreenderam... Tantas histórias... Em vários momentos me vi na vida de cada um... Sim, temos muita coisa em comum... Claro que não vou reproduzir exatamente tudo aqui, afinal, o que é dito na mesa de um bar, fica só entre aqueles que estão bebendo, hehehehe.
E nós fizemos exatamente isso... Depois de rodar um pouco pela cidade, paramos em um bar muito bacana, que fica ao lado de um posto de gasolina, no bairro Savassi, o mais badalado de BH. Ali, entre uma Original e outra, conversamos, brincamos e demos muitas risadas... Foi o começo de uma grande amizade...
Voltamos para a pousada e decidimos sair na noite de BH. Detalhe: em plena segunda-feira. Mas onde iríamos? O que teria pra fazer na segunda-feira?
Diferente de outros lugares, como Porto Alegre, por exemplo, a vida noturna de BH começa muito cedo, assim, de tarde mesmo. Impressionante. Claro que não tem aquele agito do fim de semana, mas encontramos alguns bares e botecos abertos e bastante movimentados.
Pegamos o outro vinho (um Chalise, produzido em Bento Gonçalves, que ironoia, hehehe) ainda sob os olhares das meninas da pousada, e saímos pela rua. Pegamos um taxi e fomos para Savassi. Paramos em um bar que tinha um certo movimento: Café com Letras. Um bar muito bacana de um lado e do outro, uma livraria muito interessante.
Ali nos sentimos patrões! Mesas na calçada, gente bonita e ceva gelada.
Papo vai... Papo vem... Como era segunda e o lugar fechava cedo, resolvemos dar mais uma volta e paramos no Rei do Pastel, sem dúvida o melhor pastel de BH. Bar estilo boteco, se é que me entendem...
Ali divagamos mais um pouco e a esta altura, nosssss, já éramos amigos de infância, hehehe.
Quando voltamos para pousada, já era tarde... Bem tarde...
O dia tinha sido intenso pra mim e acredito que para Oldi e Gui também.
Encerramos esse encontro na certeza de que tínhamos apenas dado o primeiro passo desta longa amizade... Ou, tomamos apenas as primeiras de muitas cevas que ainda viriam (e vem) por aí.
Na manhã seguinte, Gui e Oldi saíram cedo, estavam voltando para suas cidades... Por instantes, achei que os levaria comigo para Ouro Preto... E quase que eles foram...
Eu também arrumei minhas coisas, na certeza de que não estava me despedindo destes dois malucos... Era apenas um até breve... Marcamos um próximo encontro em julho, desta vem em Porto Alegre...
Queria encerrar este capitulo dizendo que foi um prazer ter conhecido vocês dois. Nosssss, aquelas cevas foram demais para selar nossa amizade e agora espero vocês no sul...

Muito obrigado por um dos melhores momentos vividos em BH.




Próximo destino: Ouro Preto.

Continua...

5 comentários:

Adriano Duarte disse...

Às vezes, parecemos estranhos em nossa terra. Digo, quando estamos entre os nossos. Nossa cidade, nosso bairro... Mas, às vezes, pensamos: por que isso de "nossa cidade, nosso bairro, nosso mundinho". Aquela coisa de "Ah! Eu sou gaúcho!". Devo dizer que é uma coisa que orgulha: Ah! Eu sou gaúcho!. Mas (quanto "mas"!)quando nos deparamos com uma cultura "completamente" diferente, vemos que somos todos...diferentes!!! E isso que faz a vida valer a pena (com o perdão do clichê). Tenho orgulho de ser gaúcho, mas muito mais orgulho de fazer parte desse mundo (muito pequeno) chamado Terra. E é isso que O (caixa alta proposital) Peter tenta nos dizer: não há fronteiras para o ser humano, apenas aquelas que estão em sua mente :)

Adriano Duarte disse...

Gostaria de ter escrito algo melhor. A altura do meu amigo Peter. Mas acho que deu pra pegar a ideia, né? :)

alice disse...

a viagem a MG deixou história pra contar hein?

e o rei do pastel??? ahhhhh o Rei do Pastel!

Pedro Oldi disse...

amizade nos 45 do segundo...sorte que ainda temos muitos jogos por ae grande amigo!

Pedro Oldi disse...

amizade nos 45 do segundo...sorte que ainda temos muitos jogos por ae grande amigo!