domingo, 18 de julho de 2010

Solidão Amiga do Peito

Ás vezes recorro ao blog como terapia...
Não era bem esta a idéia que tive quando o criei, mas ás vezes, quando a solidão bate - e é justamente o caso - preciso externar coisas e sentimentos que parecem me afogar...
Hoje, por exemplo, é um destes dias. E o clima também contribui: chuva - muita chuva - e vento, muito vento...
Estou há dois dias em casa, literalmente. Não saí. Não fiz nada. a não ser olhar pela janela e “contemplar” este tempo que insiste em não melhorar.
Morar sozinho é bom: saio a hora que quero, volto a hora que quero - e se quero - durmo quando quero, como quando quero...mas tem um lado meio “punk” nesta história: a solidão. Parece meio redundante, não?
E quando fico assim, só e sem muita coisa o que fazer, a não ser ler, comer, ver filme, escrever e navegar, penso em um monte de coisas, sobre tudo, de tudo um pouco...
E os pensamentos não param, uma vez que não consigo controlá-los...
Na verdade, queria ter o dom de controlar meus pensamentos, queria pensar só em coisas boas, coisas que me fizessem melhor, importante, etc...Mas, do contrário, ás vezes estes pensamentos me colocam pra baixo, fazendo com que eu não me sinta importante para mais nada, e principalmente, que eu não seja importante pra ninguém...Complicado isso, não?
Acho que o que falta na minha vida é justamente uma pessoa que me faça sentir melhor, que faça com que eu cometa as maiores loucuras, etc...(acho que já escrevi isso em uma outra oportunidade...), mas não entendo porque isso é tão difícil...
E aí, os pensamentos pipocam na minha cabeça e começo a fazer uma auto análise de mim mesmo...O que pode ter de errado? Será que não nasci com o dom de conhecer alguém legal e curtir momentos felizes como qualquer outro casal feliz? Ou será que, com o passar do tempo, me tornei uma pessoa tão exigente ao ponto de preferir ficar sozinho do que arriscar á conhecer alguém?
Eu, sinceramente, não consigo chegar á nenhuma conclusão...
Mas também não vivo em função desta pergunta que parece naõ ter uma resposta...Afinal, outras coiss compensam esta minha solidao, como familia, amigos, meu trabalho, meus estudos, etc...
Vivendo e aprendendo, sempre...

Tem uma música perfeita para este momento...

Tão Longe de Tudo - Barão Vermelho

Solidão amiga do peito
Me dê tudo que eu tenha por direito
Me diga, me ensina
Ao dormir não sinto medo
Há um sol, existe vida
Me trate com jeito
Eu tenho saída
Eu quero calor e o mundo é frio
Minha vaidade não enxerga o paraíso
Eu preciso de alguém pra fugir,
sem avisar ninguém
Não vou olhar pra trás
A saudade está morta
E já não me importa
Está longe demais
Longe demais de tudo
Eu estou longe demais
Longe demais de tudo
Eu estou longe demais
Tão perto de mim
Tão longe de tudo

2 comentários:

Unknown disse...

Eu sei muito bem o que se sente nessas terriveis horas longas e interminaveis de tédio. É como se o relogio levasse certa de 10 minutos para passar apenas 1. Como se tudo que, após horas pensando, encontramos para fazer, acaba não nos distraindo tempo suficiente ou resultando na felicidade desejada.
Mas ceio, e no meu caso é realmente isso, que o maior vilão desses nossos dias de crises é algo diferente do tédio. O tédio até é bom, necessario. Mas o nome do vilão que teima em acompanhar nossos tédios, é a carência. Em alguns casos já encontramos alguem com quem desejamos repartir os momentos de tédio, mas este alguem nunca está por perto. E em outros casos, ainda não encontramos alguem especifico para isso. E os dois casos são terriveis, afinal:
- Ter e sofrer por não ter ou não ter e sofrer por não ter? Eis a questão.

Uou, até que ficou bom meu comentário. Devia ter escrito no meu blog.... ou aqui seja melhor, já que possuo apenas um leitor, mas de peso, e tu possui mais.

Abraços cara e por favor.. vamos atirar sabão nos telhados de nossas casas para 'Santa Clara clarear o dia' e a chuva parar. PLEASE!

Unknown disse...

Ahh sim, eu pensei e esqueci de escrever... Eu tenho a nítida impressão de que Salvador Dali teve momentos de tédio e os retratou muito bem em sua obra Surealista, aquelas dos relógios. (y)