quarta-feira, 15 de abril de 2009

Relembrando a Legião


Sou fã incondicional da Legião Urbana, aliás, cresci ao som da banda e as letras do mestre Renato Russo estiveram - e ainda estão - presentes em vários momentos da minha vida.
Renato escreveu muito mais do que simples letras de músicas...Escreveu poemas, palavras que nunca deixaram de ser lidas, por qualquer pessoa, em qualquer lugar e em qualquer época...
Me atrevo á dizer que Renato é uma versão moderna do Machado de Assis, dada sua importante contribuição “literária”.


Sim, a obra da Legião não tem fim e ainda hoje os jovens/adolescentes ouvem e se identificam com os temas cada vez mais atuais presentes nas letras da banda.
“Teatro dos Vampiros” é uma dessas letras...
Nós somos os vampiros deste teatro chamado televisão, que a cada dia nos bombardeia com notícias nada agradáveis: crise econômica, queda na bolsa, atentados terroristas, etc...E assistimos á tudo, estáticos, mudos...Tolos, medíocres e insensatos somos todos nós, que diante de fatos como estes, nos tornamos reféns de nós mesmos e o pior: ás vezes achamos até engraçado...
Que falta faz o Renato... Que falta faz a Legião...

Urbana Legio Ominia Vincit

Força, Sempre!!!


Teatro dos Vampiros

Sempre precisei de um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto
E desses dias tão estranhos
Fica a poeira se escondendo pelos cantos.

Este é o nosso mundo
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance.
Ninguém vê onde chegamos:
Os assassinos estão livres, nós não estamos

Vamos sair - mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas.

Vamos lá tudo bem - eu só quero me divertir
esquecer, dessa noite ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas possam se encontrar.

Quando me vi tendo de viver comigo apenas
E com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei

Não sou perfeito
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo, eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir

Vamos sair - mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas.

Vamos lá tudo bem - eu só quero me divertir
esquecer, dessa noite ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim, não tenho pena de ninguém.

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