domingo, 25 de dezembro de 2011

Natal, etc... E tal.

Mais um Natal está terminando... E a cada ano que passa, percebo o quão diferente esta data vem ficando, não só na minha família, mas em todas as famílias, de modo geral.
Antigamente, o natal era comemorado visando a reunião das famílias, o bem estar de todos que se reuniam em torno da mesa para celebrar o nascimento do Menino Jesus. Era uma noite especial, onde os presentes eram trocados de forma simbólica. A ideia central era reunir a família, esperar a meia-noite, dar um fraterno abraço nos parentes queridos, cear e assistir a Missa do Galo com o Papa João Paulo II.
Hoje e cada vez mais eu vejo que as coisas não são bem assim...
Tudo hoje gira em torno do dinheiro, do consumismo exagerado, do ter, etc...
Isso sem falar nas falsidades do Feliz Natal, dos falsos abraços e dos falsos desejos de felicidades, etc...
E assim eu fico pensando: como será esta festa daqui a alguns anos?
O verdadeiro espírito do Natal vem se perdendo e isso é muito triste. Cada vez mais as pessoas esquecem o verdadeiro sentido, salvo as crianças – algumas – que ainda acreditam no bom velhinho, acreditam que ele é quem traz os presentes e desce pela chaminé das casas. As que têm chaminé, claro.
Particularmente eu fico ainda mais sensível no Natal. Uma pela falta que ainda sinto do meu pai e que me faz ficar um tanto quanto melancólico, reservado, enfim. Há cinco anos o meu natal já não tem tanta graça. Ok são coisas da vida, etc., mas ainda é recente e nestas datas de final de ano isso ainda mexe muito comigo.
Outra, porque vejo em algumas pessoas exatamente tudo o que listei acima e por mais que eu queira, não consigo agir de forma diferente. Não sei ser igual a todo mundo, ou seja, falar mal o ano inteiro – ou em alguns casos, sequer falar – para chegar no dia do Natal, fingir que não houve nada e dar aquele abraço. Não. Prefiro mil vezes um silêncio sincero a palavras falsas, que eu sei e sinto que não são verdadeiras...
De qualquer forma, é uma época de renovação, de repensar certos valores, de ver quem de fato está ao seu lado e quem são as pessoas que de fato você pode contar.
Tenho me surpreendido a cada ano, percebendo quem de fato está comigo e quem são as pessoas que felizmente eu posso contar, tirando a minha família, é claro (e até mesmo na família já não são tantos assim... Diria que bem menos do que eu achava.).
Felizmente, posso dizer que as pessoas que tenho ao meu lado, são pessoas maravilhosas, especiais e que sem elas, a vida seria monótona.
As outras pessoas, bem, as outras pessoas são só as outras pessoas...
A pensar que ainda tem o Ano Novo e que muito do que acontece na noite de natal vai se repetir...
Mas isso é para outro capítulo...
De qualquer forma, um Feliz Natal à todos e obrigado por de vez em quando passarem por aqui e compartilharem – ou não – das coisas que escrevo!

Abraços,

Peter.

Um comentário:

Anônimo disse...

Peterson, lindo texto, verdadeiro. Disse tudo o que eu também sinto e vejo.
Um abraço e Feliz Ano Novo, sempre com esperança de dias melhores.
Um beijo na tia Lenire e na vó Josina.
Valmir Guedes Júnior